domingo, 22 de abril de 2007

A LÁGRIMA E A PISCINA

(FÁBIO ALLEX)

Depois de claras e longas escuras, uma outra luz volta transcender meu ser.
Invadiu-me a alma calma, leve, breve e permanente. Mil segredos sem mistérios,
Sete chaves, pratos limpos. Desvenda a avestruz, encoraja o retrocesso pontual.
Atualmente quero... Mero momento, espero. Guia e desvia, cala e grita, mas toca e
Soa, corre e sua, bebe e come, fome e juliana, transa e ama, mata e nasce, dorme,
Ver, não crer, sente, mente. Não ao meio-termo o tempo inteiro.
Quero o extremo, o acaso, o fracasso, a vitória.
Não ao óbvio, quero o abstrato sem fatos consumados, todos os argumentos.
Quero ser o indolente perseverante, a cesariana, o mudo, o ultra-som, o cigarro,
Veia-artéria, libras e fonemas.
Não quero ser um conquistador barato, quero dar a cara a uma cara conquista.
Não quero poderes, quero só poder fazer o que posso.
Não quero uma lágrima, quero encher a piscina.
Quero os olhos, o olhar, a vista, o novo horizonte.

(03-01-2003)

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