(FÁBIO ALLEX)
Quanto àquela canção, de nada adiantou, só um apreço pelo seu obrigado.
Eu perdi a rotação, o vento interceptou o arremesso do que foi computado.
Sou todos os meus passos, assumo o que faço.
Sou meu, e nem disfarço; sou o pescoço do seu laço.
Fui posto à leilão, a fé me reportou, enriqueço com o que me foi amputado.
Talvez, tudo invenção, o olhar se debruçou. Lhe forneço, meu corpo embriagado.
Sou a dor do seu cansaço, me resumo em compassos.
Sou nosso, quando em pedaços; sou o esboço dos seus traços.
Sou o derreter do aço, só consumo o meu espaço. Sou seu, quando quero abraço.
Sou a isca do que caço, sou o esforço do seu cangaço.
(03-01-2007)
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