(FÁBIO ALLEX)
Quanta Formosura!
Que Esplendor!
Que Lábios Graciosos!
Que Olhar Terno!
Quanta Pluralidade em um Conjunto Unitário!
Quanta Luz!
Está ao lado do Convento, encoberta com um véu laranja.
Um Anjo Envolto de Jasmim.
Há Beleza mais Exuberante que Essa?
Há?!
Não, não há!
Não, que os meus olhos tenham visto.
Não, que a minha alma tenha percebido.
Não, que a minha pele tenha sentido.
Não, que o meu coração tenha recebido.
Não, não há!
Não, que em minha vida tenha surgido.
Definitivamente...
Não há!
(28-03-2007)
sábado, 31 de março de 2007
A LUA E A RUA
(FÁBIO ALLEX)
A Lua cheia e a rua completamente vazia.
Nada mais sobre a rua, somente eu sob a Lua.
Todos estão em casa pendurados na janela para apreciar o Satélite.
“Olha quanta beleza!” - Dizem os enamorados apontando seus dedinhos!
Eu não! Que se esvaneça todo o seu brilho e quem o contempla.
Amanhã, o Sol deverá nascer com muito menos energia, depois de emprestar tanta luminosidade.
Mas, eu não me importo com nada, com nenhum corpo celeste!
Nem mesmo sei se chego até amanhã.
Sou muito egoísta, muito interesseiro!
Apenas me aproveito da Lua, de toda a sua ingenuidade e gentileza!
Sim, eu não presto! Sou um caro aproveitador, um oportunista barato! Sou a pior espécie!
Dela, apenas quero a sua luz para que ilumine os meus passos por estes becos que poderão me levar até você.
Após lhe encontrar, quero que tudo se exploda, que todo clarão se apague! Dane-se todo o resto!
Menos nós dois, meu Calor Distante!
Que não sobre mais nada para os românticos da janela!
Quero que a dor seja a tônica para eles, não suporto mais os sorrisos abobalhados e as palavras melosas!
Que coisa mais chata, repugnante, piegas é o romantismo!
Já basta eu, já não me agüento mais!
Tantas luas, ruas, léguas e nenhum amor!
(22-03-2007)
A Lua cheia e a rua completamente vazia.
Nada mais sobre a rua, somente eu sob a Lua.
Todos estão em casa pendurados na janela para apreciar o Satélite.
“Olha quanta beleza!” - Dizem os enamorados apontando seus dedinhos!
Eu não! Que se esvaneça todo o seu brilho e quem o contempla.
Amanhã, o Sol deverá nascer com muito menos energia, depois de emprestar tanta luminosidade.
Mas, eu não me importo com nada, com nenhum corpo celeste!
Nem mesmo sei se chego até amanhã.
Sou muito egoísta, muito interesseiro!
Apenas me aproveito da Lua, de toda a sua ingenuidade e gentileza!
Sim, eu não presto! Sou um caro aproveitador, um oportunista barato! Sou a pior espécie!
Dela, apenas quero a sua luz para que ilumine os meus passos por estes becos que poderão me levar até você.
Após lhe encontrar, quero que tudo se exploda, que todo clarão se apague! Dane-se todo o resto!
Menos nós dois, meu Calor Distante!
Que não sobre mais nada para os românticos da janela!
Quero que a dor seja a tônica para eles, não suporto mais os sorrisos abobalhados e as palavras melosas!
Que coisa mais chata, repugnante, piegas é o romantismo!
Já basta eu, já não me agüento mais!
Tantas luas, ruas, léguas e nenhum amor!
(22-03-2007)
BERÇO
(FÁBIO ALLEX)
Para Brenno Ítalo
Chegou a nova luz regada à paz, com cheiro de hortelã.
Clareou a noite, feito vela acesa, com gosto de maçã.
Bastou nascer p’ra renovar os dias e fazer de mim, um fã.
Balanço o berço que balança a minha vida: presente de irmã.
A ablução da sua alma com as lágrimas afluentes do meu amor.
A aspersão no rosto, das gotas que batem nas pedras do cais do bem-vindo.
Seu sorriso moldurado pela mão divina e pendurado na parede do infinito.
Sua purificação: óleo, água benta. Vestes brancas acentuam a cor.
Vamos devagar! P’ra chegar é só engatinhar.
Neném quer mamar! O rio que corre é p’ra desaguar.
Vamos acelerar! O tempo urge pela hora de brindar.
Neném quer nanar! O sono traz o sonho que não se pode evitar.
(09-02-2007)
Para Brenno Ítalo
Chegou a nova luz regada à paz, com cheiro de hortelã.
Clareou a noite, feito vela acesa, com gosto de maçã.
Bastou nascer p’ra renovar os dias e fazer de mim, um fã.
Balanço o berço que balança a minha vida: presente de irmã.
A ablução da sua alma com as lágrimas afluentes do meu amor.
A aspersão no rosto, das gotas que batem nas pedras do cais do bem-vindo.
Seu sorriso moldurado pela mão divina e pendurado na parede do infinito.
Sua purificação: óleo, água benta. Vestes brancas acentuam a cor.
Vamos devagar! P’ra chegar é só engatinhar.
Neném quer mamar! O rio que corre é p’ra desaguar.
Vamos acelerar! O tempo urge pela hora de brindar.
Neném quer nanar! O sono traz o sonho que não se pode evitar.
(09-02-2007)
ERMO
(FÁBIO ALLEX)
Sinto-me só, fico comigo. Em uma solidão, eu me abrigo.
Sinto-me só quando na multidão. O sol irradia-me escuridão.
Às vezes é bom sentir-se sozinho, é bem melhor p’ra escolher um caminho.
Às vezes, falta um carinho; às vezes, falta um perfume; às vezes, falta uma conversa.
A solidão altiva desconversa. As paredes já não dão conta do recado.
No espelho, o meu rosto cansado de solidão. Às vezes, falta um sentimento.
Qualquer coisa p’ra se sentir, que não seja solidão, que tire da boca, o gosto amargo.
Já não é bom sentir-se sozinho, a necessidade agora é outra.
Quero a chave dessa cela, outra companhia que não a minha sombra.
Às vezes, falta outro rosto, que não seja o meu cansado.
Às vezes, falta um afago, que não seja emancipado. Em prantos fica a minha pele.
Esse silêncio me ensurdece, quero ganhar outra coisa que não seja o que me dão.
- “Só lhe dão!" Só me dão, so... li... dão. E eu só, então. So... li... dão. Só - li - dão.
(09-06-1999)
Sinto-me só, fico comigo. Em uma solidão, eu me abrigo.
Sinto-me só quando na multidão. O sol irradia-me escuridão.
Às vezes é bom sentir-se sozinho, é bem melhor p’ra escolher um caminho.
Às vezes, falta um carinho; às vezes, falta um perfume; às vezes, falta uma conversa.
A solidão altiva desconversa. As paredes já não dão conta do recado.
No espelho, o meu rosto cansado de solidão. Às vezes, falta um sentimento.
Qualquer coisa p’ra se sentir, que não seja solidão, que tire da boca, o gosto amargo.
Já não é bom sentir-se sozinho, a necessidade agora é outra.
Quero a chave dessa cela, outra companhia que não a minha sombra.
Às vezes, falta outro rosto, que não seja o meu cansado.
Às vezes, falta um afago, que não seja emancipado. Em prantos fica a minha pele.
Esse silêncio me ensurdece, quero ganhar outra coisa que não seja o que me dão.
- “Só lhe dão!" Só me dão, so... li... dão. E eu só, então. So... li... dão. Só - li - dão.
(09-06-1999)
PROCELA
(FÁBIO ALLEX)
Chove tão forte lá fora, e não posso sair. Talvez não molhasse em mim.
O frio é intenso. Aqui dentro traz falta de ar. É mesmo de arrepiar.
Vejo miragem em tudo, em todo lugar. No espelho, nimbos a me olhar.
Garoa surgindo é prelúdio de enxurrada. Preparo-me para o pé-d’água.
Estrela nenhuma no céu, relâmpagos brilham no ar. É perigo, de cego ficar.
Dilúvio que submergiu o referencial. Inundação torrencial.
Nuvem em cima de mim e abaixo do nível do mar.
Nuvem em cima de mim. Pluviosidade, que azar!
Chuva de granizo, isso que é temporal! No mar, açúcar em vez de sal.
Se chover canivete, talvez vá me molhar. Sem medo de me cortar.
Guarda-chuva e sombrinha p’ra proteger. O perigo está em viver.
Mas, o sol ainda espero que possa surgir. Espero paciente aqui.
Ao redor, tudo molhado e sinto-me sertão. Com frio no meu coração.
Estrondo, trovões e ventania a diluir. Mas é assim que consigo dormir.
Nuvem em cima de mim. Pluviosidade, que azar!
Nuvem em cima de mim. Ainda bem que eu sei nadar.
(20-01-1999)
Chove tão forte lá fora, e não posso sair. Talvez não molhasse em mim.
O frio é intenso. Aqui dentro traz falta de ar. É mesmo de arrepiar.
Vejo miragem em tudo, em todo lugar. No espelho, nimbos a me olhar.
Garoa surgindo é prelúdio de enxurrada. Preparo-me para o pé-d’água.
Estrela nenhuma no céu, relâmpagos brilham no ar. É perigo, de cego ficar.
Dilúvio que submergiu o referencial. Inundação torrencial.
Nuvem em cima de mim e abaixo do nível do mar.
Nuvem em cima de mim. Pluviosidade, que azar!
Chuva de granizo, isso que é temporal! No mar, açúcar em vez de sal.
Se chover canivete, talvez vá me molhar. Sem medo de me cortar.
Guarda-chuva e sombrinha p’ra proteger. O perigo está em viver.
Mas, o sol ainda espero que possa surgir. Espero paciente aqui.
Ao redor, tudo molhado e sinto-me sertão. Com frio no meu coração.
Estrondo, trovões e ventania a diluir. Mas é assim que consigo dormir.
Nuvem em cima de mim. Pluviosidade, que azar!
Nuvem em cima de mim. Ainda bem que eu sei nadar.
(20-01-1999)
PSEUDOPIA
(LILIAN GOMES/FÁBIO ALLEX)
Acordo contigo no olhar, chego à janela e vejo-te refletida na vidraça.
Envolvo-me com a hortelã que vem do teu hálito contundente,
que perduram em meus lábios...
Calo os olhos e materializo você à minha frente pela milésima vez.
Antes de adormecer, sonho,
e nele transcendemos em algo que nos culminam visceralmente em nossos existenciais...
Continuo sem adormecer... Sonho!
Cruzo com meu pensamento, as barreiras das dores, da distância e do paralelo de nossas essências, para apenas vislumbrar e tocar teu rosto...
Irrelevo o ato de estar, mas me permito ser, apenas ser no momento de encontrar-te.
Faço do ato de fracassar, uma força a mais para que na estrada que sigo, sem nada ter e sem saber aonde chegar, ver os nossos anseios adentrarem na suavidade permanente de existir.
(15-01-2006)
Acordo contigo no olhar, chego à janela e vejo-te refletida na vidraça.
Envolvo-me com a hortelã que vem do teu hálito contundente,
que perduram em meus lábios...
Calo os olhos e materializo você à minha frente pela milésima vez.
Antes de adormecer, sonho,
e nele transcendemos em algo que nos culminam visceralmente em nossos existenciais...
Continuo sem adormecer... Sonho!
Cruzo com meu pensamento, as barreiras das dores, da distância e do paralelo de nossas essências, para apenas vislumbrar e tocar teu rosto...
Irrelevo o ato de estar, mas me permito ser, apenas ser no momento de encontrar-te.
Faço do ato de fracassar, uma força a mais para que na estrada que sigo, sem nada ter e sem saber aonde chegar, ver os nossos anseios adentrarem na suavidade permanente de existir.
(15-01-2006)
DESPEDIDA
(FÁBIO ALLEX)
Vejo do retrovisor: belas Margaridas!
E a saudade está sempre aflita.
Tamanha incerteza temida! Alguma coisa foi concebida?
Há em tudo que se reflita, dores escondidas.
Depois das dores, as sequelas das feridas.
É, a morte é coisa da vida. Perdoe-me se alguma frase não foi dita!
Mas, nada justifica.
Se fosse outra coisa seria menos sofrida?
Acabei num bar, Querida. O álcool me acabando e eu, com toda a bebida.
É verdadeira a recíproca. Tanta paz desperdiçada, compadecida!
Ah, o beijo! A boca falida! A luz que reside chora e grita.
A Felicidade jamais será esquecida!
E é do que a força interior necessita.
A vontade era ser eterna, infinita. Quanta destreza! Saíste sem ser percebida!
Por onde fica a saída? É mais curta a chegada na descida?
Não importa, quando tudo acaba em despedida.
(26-03-2005)
Vejo do retrovisor: belas Margaridas!
E a saudade está sempre aflita.
Tamanha incerteza temida! Alguma coisa foi concebida?
Há em tudo que se reflita, dores escondidas.
Depois das dores, as sequelas das feridas.
É, a morte é coisa da vida. Perdoe-me se alguma frase não foi dita!
Mas, nada justifica.
Se fosse outra coisa seria menos sofrida?
Acabei num bar, Querida. O álcool me acabando e eu, com toda a bebida.
É verdadeira a recíproca. Tanta paz desperdiçada, compadecida!
Ah, o beijo! A boca falida! A luz que reside chora e grita.
A Felicidade jamais será esquecida!
E é do que a força interior necessita.
A vontade era ser eterna, infinita. Quanta destreza! Saíste sem ser percebida!
Por onde fica a saída? É mais curta a chegada na descida?
Não importa, quando tudo acaba em despedida.
(26-03-2005)
MÚSICA P'RA SURDO
(FÁBIO ALLEX)
Publicada no Jornal Pequeno
e interpretada pelas vencedoras do 20º Festival Maranhense de Poesia – em 2006 -, Flávia Menezes e Odara Freitas.
Você, sempre atrasada; eu, antes do horário.
Você, sem regras; eu, anotações no fichário.
Você se esconde; eu exponho. Mostruário.
Você, segredos; eu, longo comentário.
Você extravia; eu, destino. Emissário.
Você com gaiola; eu, sem peixe no aquário.
Você, nascimento; eu, décimo aniversário.
Você, prêmio da loto; eu, meio-salário.
Você, formada; eu, pré-universitário.
Você, novidades; eu, comum. Ordinário.
Você, fatos; eu, conto lendário.
Você, Taffarel; eu, Bebeto e Romário.
Eu, Avon; você, O Boticário.
Você, sempre acompanhada; eu, um pobre solitário.
Você, talvez; eu, imprescindível. Necessário.
Você, sem pistas; eu, dia, hora e cenário.
Você, queima de arquivos; eu, documentário.
Você, sem rumo; eu, mapa, bússola e calendário.
Você desafina; eu, no tom de um canário.
Você, começo; eu, perto do fim. Centenário.
Você, a chefe; eu, um mero funcionário.
Você, noventa por cento; eu, sócio minoritário.
Você, no anonimato; eu, nas páginas do noticiário.
Você, Chaves e Chapolin; eu, universo literário.
Você, esperta, atenta; eu, um grande otário.
Eu, Avon; você, O Boticário.
(20-10-2003)
Publicada no Jornal Pequeno
e interpretada pelas vencedoras do 20º Festival Maranhense de Poesia – em 2006 -, Flávia Menezes e Odara Freitas.
Você, sempre atrasada; eu, antes do horário.
Você, sem regras; eu, anotações no fichário.
Você se esconde; eu exponho. Mostruário.
Você, segredos; eu, longo comentário.
Você extravia; eu, destino. Emissário.
Você com gaiola; eu, sem peixe no aquário.
Você, nascimento; eu, décimo aniversário.
Você, prêmio da loto; eu, meio-salário.
Você, formada; eu, pré-universitário.
Você, novidades; eu, comum. Ordinário.
Você, fatos; eu, conto lendário.
Você, Taffarel; eu, Bebeto e Romário.
Eu, Avon; você, O Boticário.
Você, sempre acompanhada; eu, um pobre solitário.
Você, talvez; eu, imprescindível. Necessário.
Você, sem pistas; eu, dia, hora e cenário.
Você, queima de arquivos; eu, documentário.
Você, sem rumo; eu, mapa, bússola e calendário.
Você desafina; eu, no tom de um canário.
Você, começo; eu, perto do fim. Centenário.
Você, a chefe; eu, um mero funcionário.
Você, noventa por cento; eu, sócio minoritário.
Você, no anonimato; eu, nas páginas do noticiário.
Você, Chaves e Chapolin; eu, universo literário.
Você, esperta, atenta; eu, um grande otário.
Eu, Avon; você, O Boticário.
(20-10-2003)
PENSAMENTOS À VELA
(FÁBIO ALLEX)
Tudo bem, não vou sumir.
Estou aqui, disposto a atender as tuas solicitações, a navegar nas tuas embarcações.
Afinal, p’ra que servem os amigos? E de que adiantaria um anjo sem uma atitude angelical?
Estou nos pensamentos à vela, que correm de encontro as mais fortes correntezas.
Porém, se porventura, eu desaparecer, estarei naquela canção que fiz p’ra ti.
Afinal, por que existiria o umbigo, se nunca houvesse existido o corte do cordão umbilical?
O tempo passa, mas a arte jamais acaba e faz das fagulhas e do instante: incêndio e eternidade.
É capaz até de convencer o devaneio a trazer novamente o que nunca veio.
E se algo causar dor, reclame nem que seja pra extravasar; e me chame, se eu puder ajudar.
(24-01-2007)
Tudo bem, não vou sumir.
Estou aqui, disposto a atender as tuas solicitações, a navegar nas tuas embarcações.
Afinal, p’ra que servem os amigos? E de que adiantaria um anjo sem uma atitude angelical?
Estou nos pensamentos à vela, que correm de encontro as mais fortes correntezas.
Porém, se porventura, eu desaparecer, estarei naquela canção que fiz p’ra ti.
Afinal, por que existiria o umbigo, se nunca houvesse existido o corte do cordão umbilical?
O tempo passa, mas a arte jamais acaba e faz das fagulhas e do instante: incêndio e eternidade.
É capaz até de convencer o devaneio a trazer novamente o que nunca veio.
E se algo causar dor, reclame nem que seja pra extravasar; e me chame, se eu puder ajudar.
(24-01-2007)
COR LARANJA
(FÁBIO ALLEX)
Sempre antes de você chegar, já lhe sinto, já lhe vejo.
Ouço o seu som antes de tocar, com ele, seu beijo.
Uma nova cor está a pintar meu lar com seu gracejo.
Tudo em seu devido lugar, menos eu: fora do eixo.
Quero ser agora a manifestação e deixar de rodeio
Quero mais que uma contida declaração via e-mail
Quero ser sua plena satisfação, ser seu recreio.
Quero explodir adentro do furacão, na hora do tiroteio.
Não consegui desconectar, perdi o sono, sobrou só um bocejo.
A paz responde ao grito do olhar, mas é tão pouco p'ro que almejo.
Parece exagero, mas quero transbordar, senão fraquejo.
Tudo em seu devido lugar, menos eu: fora do eixo.
Quero sua mão na minha mão, deitar no seu seio.
Quero ser o fim da sua solidão, de qualquer receio.
Quero ser a mais longa peregrinação do seu passeio.
Quero agradecer com devoção por estar no meu meio.
(24-11-2006)
Sempre antes de você chegar, já lhe sinto, já lhe vejo.
Ouço o seu som antes de tocar, com ele, seu beijo.
Uma nova cor está a pintar meu lar com seu gracejo.
Tudo em seu devido lugar, menos eu: fora do eixo.
Quero ser agora a manifestação e deixar de rodeio
Quero mais que uma contida declaração via e-mail
Quero ser sua plena satisfação, ser seu recreio.
Quero explodir adentro do furacão, na hora do tiroteio.
Não consegui desconectar, perdi o sono, sobrou só um bocejo.
A paz responde ao grito do olhar, mas é tão pouco p'ro que almejo.
Parece exagero, mas quero transbordar, senão fraquejo.
Tudo em seu devido lugar, menos eu: fora do eixo.
Quero sua mão na minha mão, deitar no seu seio.
Quero ser o fim da sua solidão, de qualquer receio.
Quero ser a mais longa peregrinação do seu passeio.
Quero agradecer com devoção por estar no meu meio.
(24-11-2006)
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