sábado, 31 de março de 2007

DESPEDIDA

(FÁBIO ALLEX)

 
Vejo do retrovisor: belas Margaridas!
E a saudade está sempre aflita.
Tamanha incerteza temida! Alguma coisa foi concebida?
Há em tudo que se reflita, dores escondidas.
Depois das dores, as sequelas das feridas.
É, a morte é coisa da vida. Perdoe-me se alguma frase não foi dita!
Mas, nada justifica.
Se fosse outra coisa seria menos sofrida?
Acabei num bar, Querida. O álcool me acabando e eu, com toda a bebida.
É verdadeira a recíproca. Tanta paz desperdiçada, compadecida!
Ah, o beijo! A boca falida! A luz que reside chora e grita.
A Felicidade jamais será esquecida!
E é do que a força interior necessita.
A vontade era ser eterna, infinita. Quanta destreza! Saíste sem ser percebida!
Por onde fica a saída? É mais curta a chegada na descida?
Não importa, quando tudo acaba em despedida.

(26-03-2005)

Nenhum comentário:

Postar um comentário