(FÁBIO ALLEX)
Enfim, o sobrenatural, surpreendentemente, aconteceu: tu e eu.
Sem definição verbal, suficientemente, o amor recebeu o mar e o breu.
Tu és a minha rede, a minha rádio, o que me diverte.
És minha sina, minha sede, o que me reflete.
(És meu combustível, minha estrada, meu estepe).
(És minha cena, meu cinema, Johnny Depp).
Obrigado por me tirares p’ra bailar. Tu trouxeste os passos p’ro meu carimbó.
Agora sei de cor: bem melhor do que ser um, é sermos nós a sós.
Tu és minha musa, meu museu, meu pomar.
A música aflora e a melodia implora p’ra cantar
(És o fim da procura; do vinho, a melhor uva... Ovacionar).
É com fé que se ora. Após tanta demora, vamos embarcar.
(Chegou a hora, vamos embora p’ra qualquer lugar).
Obrigado por vires me visitar, compartilhares os teus abraços,
me tirares o pó. Já não me sinto só.
(20-04-2008)
sábado, 5 de julho de 2008
COMPUTANDO A DOR
(FÁBIO ALLEX)
Segue a rotina...
Estabilizador ligado, CPU ativa, monitor aceso.
Software acessado, Word aberto, dedos percorrem o teclado.
Páginas e mais páginas e mais páginas digitadas em expansão.
Todos os textos salvos, pastas criadas sem misericórdia.
Imprimindo quantitativamente, tudo organizado em subdiretórios.
Antes que a memória falhe e o processador perca a velocidade,
O HD preenche sua rigidez com arquivos e mais arquivos.
Drives são indispensáveis, disquetes, CD’s e todos os gigabytes.
Clico, abdico do sono, entrego-me sem receio, com a mão sobre o mouse.
É necessário navegar, modem conectado, virtualidade aflorada via MSN.
Quero a tua bela imagem fluindo na webcam; a tua voz terna, nos alto-falantes.
Ofereço-te a minha insônia scanneada e colorida em troca dos teus e-mails.
Até chegar o dia, até estabilizar a dor, amenizada pela companhia do computador.
(27-05-2008)
Segue a rotina...
Estabilizador ligado, CPU ativa, monitor aceso.
Software acessado, Word aberto, dedos percorrem o teclado.
Páginas e mais páginas e mais páginas digitadas em expansão.
Todos os textos salvos, pastas criadas sem misericórdia.
Imprimindo quantitativamente, tudo organizado em subdiretórios.
Antes que a memória falhe e o processador perca a velocidade,
O HD preenche sua rigidez com arquivos e mais arquivos.
Drives são indispensáveis, disquetes, CD’s e todos os gigabytes.
Clico, abdico do sono, entrego-me sem receio, com a mão sobre o mouse.
É necessário navegar, modem conectado, virtualidade aflorada via MSN.
Quero a tua bela imagem fluindo na webcam; a tua voz terna, nos alto-falantes.
Ofereço-te a minha insônia scanneada e colorida em troca dos teus e-mails.
Até chegar o dia, até estabilizar a dor, amenizada pela companhia do computador.
(27-05-2008)
A TUA DANÇA
(FÁBIO ALLEX)
A qualquer hora, me chame p'ra dançar!
Mesmo que agora, a música pare de tocar!
Contento-me só com os sons dos teus passos!
Defino-me ao encontro da calmaria do teu abraço!
Seja na medieval, moderna, contemporânea ou popular,
a minha alegria é poder te coreografar!
Sorrir o teu riso; na tua graciosidade, me impregnar!
Quero teu chá, chá, chá; teu xaxado; teu xote!
Teu calypso; teu carimbó; tua ciranda.
Teu balé; teu break; teu bolero.
Teu sapateado; tua salsa; teu samba.
Teu maracatu; teu merengue; teu mambo.
Quero a tua valsa; teu frevo; teu jazz!
Fazer morada no teu salão,
na postura harmoniosa da tua interpretação!
Quero o teu baile, teu ritmo, teus movimentos!
Quero tua leveza, tua dança, construir momentos!
(09-04-2008)
A qualquer hora, me chame p'ra dançar!
Mesmo que agora, a música pare de tocar!
Contento-me só com os sons dos teus passos!
Defino-me ao encontro da calmaria do teu abraço!
Seja na medieval, moderna, contemporânea ou popular,
a minha alegria é poder te coreografar!
Sorrir o teu riso; na tua graciosidade, me impregnar!
Quero teu chá, chá, chá; teu xaxado; teu xote!
Teu calypso; teu carimbó; tua ciranda.
Teu balé; teu break; teu bolero.
Teu sapateado; tua salsa; teu samba.
Teu maracatu; teu merengue; teu mambo.
Quero a tua valsa; teu frevo; teu jazz!
Fazer morada no teu salão,
na postura harmoniosa da tua interpretação!
Quero o teu baile, teu ritmo, teus movimentos!
Quero tua leveza, tua dança, construir momentos!
(09-04-2008)
LIVRO ABERTO
(FÁBIO ALLEX/DANIEL BRITO)
A leitura faz-me evoluir, transcender no tempo. Nesse momento, passo a viver histórias que jamais ousei.
Letras e palavras e frases e orações e períodos remetem-me ao contexto do qual já estou imensuravelmente inserido, do qual fui convencido, embriagado por metáforas e sinestesias, a não me desvencilhar.
Meus olhos sedentos, minha alma aflita, minhas mãos atiçadas p’ra mudar a próxima página e desvendar o que está porvir.
Na calada da noite, sozinho no meu quarto, a penumbra proporcionada pela janela aberta e pelas velas acesas, é suficiente p’ra iluminar o livro que me faz duvidar da solidão. A reflexão toma conta de mim, guia-me a cada vírgula, a cada parágrafo. A imaginação abraça-me forte como dois corpos que se encontram impregnados de saudade.
As personagens fazem-me companhia, o autor é meu amigo-psicólogo. Ele me entende, diz coisas que preciso ouvir e sentir, e, por vezes, encontro-me adentrando no romance. Ajuda-me no conhecimento de novos mundos, a entendê-lo melhor, a compreender meu próprio ser.
Prosas distraem-se; o fel, do fim, desiste. Tudo que era receio, assiste e faz clarear o dia a dia.
Portas abrem-se, o céu não é o limite. Tudo que era feio ou triste, vejo transformar-se em poesia.
Para alguns, lar; para outros, leito; para vários, liberdade. Independente da visão e do objetivo de cada um, todos ocupam lugares estratégicos para que seu bem maior, o livro, jamais seja fechado.
(30-03-2008)
A leitura faz-me evoluir, transcender no tempo. Nesse momento, passo a viver histórias que jamais ousei.
Letras e palavras e frases e orações e períodos remetem-me ao contexto do qual já estou imensuravelmente inserido, do qual fui convencido, embriagado por metáforas e sinestesias, a não me desvencilhar.
Meus olhos sedentos, minha alma aflita, minhas mãos atiçadas p’ra mudar a próxima página e desvendar o que está porvir.
Na calada da noite, sozinho no meu quarto, a penumbra proporcionada pela janela aberta e pelas velas acesas, é suficiente p’ra iluminar o livro que me faz duvidar da solidão. A reflexão toma conta de mim, guia-me a cada vírgula, a cada parágrafo. A imaginação abraça-me forte como dois corpos que se encontram impregnados de saudade.
As personagens fazem-me companhia, o autor é meu amigo-psicólogo. Ele me entende, diz coisas que preciso ouvir e sentir, e, por vezes, encontro-me adentrando no romance. Ajuda-me no conhecimento de novos mundos, a entendê-lo melhor, a compreender meu próprio ser.
Prosas distraem-se; o fel, do fim, desiste. Tudo que era receio, assiste e faz clarear o dia a dia.
Portas abrem-se, o céu não é o limite. Tudo que era feio ou triste, vejo transformar-se em poesia.
Para alguns, lar; para outros, leito; para vários, liberdade. Independente da visão e do objetivo de cada um, todos ocupam lugares estratégicos para que seu bem maior, o livro, jamais seja fechado.
(30-03-2008)
PAIXÃO
(FÁBIO ALLEX)
Do poço ao pedestal, panfletei a paz, plantei o pão, pasteurizei pecados e petas, profetizei praias. Percebi a prisão do teu palácio, mas preferi o perigo, passando pelo portão, presenciando e paquerando o poder da pintura preciosa da tua postura perfeita entre pétalas, pombos e pardais. Parabéns!
Planejei pretextos para produzir o teu prazer, e penetraste com pureza em minha pele, feito piercing, sem pedir permissão. Procurando a palavra perfeita da página perdida, precisei, penosamente, passarinhar sobre pedras e políticas paradoxais, pacientemente.
Ponderei e permaneci perseverante pagando pedágios em pistas, pontes, portos e plataformas. Penso na poesia do Pessoa, porém prefiro peregrinar e aplaudir as tuas particularidades: pernas, pés, pêlos, pescoço. A tua pluralidade paradisíaca percorre o meu peito! És patrimônio primordial da minha pátria! És pérola pastoril do meu parágrafo! És petróleo pretendido pela minha praça privada!
Penitenciei o pudor, parafraseei Platão, pactuei com o positivismo e sem paranoias, paralelamente em meus pensamentos, popularizei a paixão!
(13-04-2008)
Do poço ao pedestal, panfletei a paz, plantei o pão, pasteurizei pecados e petas, profetizei praias. Percebi a prisão do teu palácio, mas preferi o perigo, passando pelo portão, presenciando e paquerando o poder da pintura preciosa da tua postura perfeita entre pétalas, pombos e pardais. Parabéns!
Planejei pretextos para produzir o teu prazer, e penetraste com pureza em minha pele, feito piercing, sem pedir permissão. Procurando a palavra perfeita da página perdida, precisei, penosamente, passarinhar sobre pedras e políticas paradoxais, pacientemente.
Ponderei e permaneci perseverante pagando pedágios em pistas, pontes, portos e plataformas. Penso na poesia do Pessoa, porém prefiro peregrinar e aplaudir as tuas particularidades: pernas, pés, pêlos, pescoço. A tua pluralidade paradisíaca percorre o meu peito! És patrimônio primordial da minha pátria! És pérola pastoril do meu parágrafo! És petróleo pretendido pela minha praça privada!
Penitenciei o pudor, parafraseei Platão, pactuei com o positivismo e sem paranoias, paralelamente em meus pensamentos, popularizei a paixão!
(13-04-2008)
ÉRAMOS
(FÁBIO ALLEX)
Ah, quanta magia!
Nós éramos poesia: em nossos beijos queimávamos e virávamos noite,
Ainda que houvesse chuva e fosse dia.
Ah, quanta magia que se perdeu!
Nós a sós, éramos sóis... O brilho acabou! Nós a sós, éramos sóis. Você e eu.
Ah, quanta magia! O brilho acabou! Ah, quanta magia que se perdeu!
Nós éramos poesia como aquele dia, lá no Reviver. Eu e você.
Ah, como eu queria reviver; p’ra não morrer, morrer de amor!
(14-04-2005)
Ah, quanta magia!
Nós éramos poesia: em nossos beijos queimávamos e virávamos noite,
Ainda que houvesse chuva e fosse dia.
Ah, quanta magia que se perdeu!
Nós a sós, éramos sóis... O brilho acabou! Nós a sós, éramos sóis. Você e eu.
Ah, quanta magia! O brilho acabou! Ah, quanta magia que se perdeu!
Nós éramos poesia como aquele dia, lá no Reviver. Eu e você.
Ah, como eu queria reviver; p’ra não morrer, morrer de amor!
(14-04-2005)
FOLGUEDO
(FÁBIO ALLEX/ADEFRAN)
Lua que estrela a noite, esqueça o açoite, eu quero é só brincar.
Hoje, sobre a terra molhada: zabumba, tinideira e meu maracá.
Escravo Chico, amo perdoa-te, mas tem que ser miolo p’ro meu, p’ro meu boi dançar.
Em frente ao mar: pantomima.
Em volta do boi: os rajados.
Em cenas profana e religiosa, a Catarina desejosa, também quer dançar.
Lenda que celebra folclore, matraca o bumbo forte em beira à praia.
Couros bordados com miçangas, vidrilhos, lantejoulas, que a luz é um brilhar.
Sotaque e cabeceira, também tambor-onça p’ro meu, p’ro meu boi urrar.
(11-10-1999)
Lua que estrela a noite, esqueça o açoite, eu quero é só brincar.
Hoje, sobre a terra molhada: zabumba, tinideira e meu maracá.
Escravo Chico, amo perdoa-te, mas tem que ser miolo p’ro meu, p’ro meu boi dançar.
Em frente ao mar: pantomima.
Em volta do boi: os rajados.
Em cenas profana e religiosa, a Catarina desejosa, também quer dançar.
Lenda que celebra folclore, matraca o bumbo forte em beira à praia.
Couros bordados com miçangas, vidrilhos, lantejoulas, que a luz é um brilhar.
Sotaque e cabeceira, também tambor-onça p’ro meu, p’ro meu boi urrar.
(11-10-1999)
SEM-NÚMERO
(FÁBIO ALLEX)
Pelas ruínas, espelhos e declarações de amor.
Através da neblina; conselhos, corações e flor.
Foi mais que um beijo. É nascente, é foz; no porto, jasmim.
Só agora vejo o que se sente, a voz do absorto expandir.
O silêncio e a dançarina: anseios em invernos de calor.
Onde a paz se inclina, passeios no inferno tem sabor.
Não há mais medo, e qualquer distância será perto e será sem-fim.
Toda noite é cedo. Agora, tudo é certo; antes era porvir.
(24-08-2005)
Pelas ruínas, espelhos e declarações de amor.
Através da neblina; conselhos, corações e flor.
Foi mais que um beijo. É nascente, é foz; no porto, jasmim.
Só agora vejo o que se sente, a voz do absorto expandir.
O silêncio e a dançarina: anseios em invernos de calor.
Onde a paz se inclina, passeios no inferno tem sabor.
Não há mais medo, e qualquer distância será perto e será sem-fim.
Toda noite é cedo. Agora, tudo é certo; antes era porvir.
(24-08-2005)
SENSORIAL
(FÁBIO ALLEX)
Não ‘tou nem aí, não ‘tou nem aí, não ‘tou nem aí p’ro que falam, não ‘tou nem aí.
Sigo o certo e o errado, vou por mim. Se há escuros e lágrimas, vou sorrir.
Em escombros e tempestades, vou dormir. Só não aceito convites p’ra fugir.
Mas quem quiser vir comigo, já vou partir. Quando achar que estarei distante,
Estarei aqui. E quando achar que o perto é longe, é por que sumi.
Não vou queimar minha bandeira, tenho ataque p’ra defender, nem vou dizer de
Brincadeira que a briga é p’ra não morrer.
Não omito verdades e nem sei mentir. Se o sinal estiver fechado,
Espero abrir. Quem estiver perdido sem guia, sei por onde ir.
E quem quiser vir comigo, pode vir. Só quero traçar os caminhos p’ra seguir.
- "Mãos ao alto!" Não sou herói, mas tento resistir. Se o sangue insiste nas veias,
Vou persistir.
Sou o grito, sou reticências, sou a flor com espinhos.
Sou o vento, sou o que vem, sou o pombo no ninho.
Sou o exército, sou as cores, sou tão sozinho.
Sou as pedras, sou o coração, sou o copo do vinho.
(08-10-1999)
Não ‘tou nem aí, não ‘tou nem aí, não ‘tou nem aí p’ro que falam, não ‘tou nem aí.
Sigo o certo e o errado, vou por mim. Se há escuros e lágrimas, vou sorrir.
Em escombros e tempestades, vou dormir. Só não aceito convites p’ra fugir.
Mas quem quiser vir comigo, já vou partir. Quando achar que estarei distante,
Estarei aqui. E quando achar que o perto é longe, é por que sumi.
Não vou queimar minha bandeira, tenho ataque p’ra defender, nem vou dizer de
Brincadeira que a briga é p’ra não morrer.
Não omito verdades e nem sei mentir. Se o sinal estiver fechado,
Espero abrir. Quem estiver perdido sem guia, sei por onde ir.
E quem quiser vir comigo, pode vir. Só quero traçar os caminhos p’ra seguir.
- "Mãos ao alto!" Não sou herói, mas tento resistir. Se o sangue insiste nas veias,
Vou persistir.
Sou o grito, sou reticências, sou a flor com espinhos.
Sou o vento, sou o que vem, sou o pombo no ninho.
Sou o exército, sou as cores, sou tão sozinho.
Sou as pedras, sou o coração, sou o copo do vinho.
(08-10-1999)
SETE-FOLÊGOS
(FÁBIO ALLEX)
Nada é p’ra já. Nem tudo é p’ra ontem. O amanhã é sempre p’ra depois.
Às vezes até o hoje é adiado. Tudo tem seu tempo, hora e lugar.
As correntezas não pedem passagem. Deslizam no mar.
O vento ajuda e atrapalha. Ter pernas longas é importante.
Desviar das rochas na estrada, é necessário, é necessário.
Insistir é apostar, apostar é ganhar ou perder, perder faz parte,
É partir p’ra vitória sempre. Se não for agora, é depois.
Somos todos vencedores. Errando e vivendo, aprendendo a morrer tranquilo.
(30-07-2000)
Nada é p’ra já. Nem tudo é p’ra ontem. O amanhã é sempre p’ra depois.
Às vezes até o hoje é adiado. Tudo tem seu tempo, hora e lugar.
As correntezas não pedem passagem. Deslizam no mar.
O vento ajuda e atrapalha. Ter pernas longas é importante.
Desviar das rochas na estrada, é necessário, é necessário.
Insistir é apostar, apostar é ganhar ou perder, perder faz parte,
É partir p’ra vitória sempre. Se não for agora, é depois.
Somos todos vencedores. Errando e vivendo, aprendendo a morrer tranquilo.
(30-07-2000)
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