sábado, 5 de julho de 2008

SEM-NÚMERO

(FÁBIO ALLEX)

Pelas ruínas, espelhos e declarações de amor.
Através da neblina; conselhos, corações e flor.

Foi mais que um beijo. É nascente, é foz; no porto, jasmim.
Só agora vejo o que se sente, a voz do absorto expandir.

O silêncio e a dançarina: anseios em invernos de calor.
Onde a paz se inclina, passeios no inferno tem sabor.

Não há mais medo, e qualquer distância será perto e será sem-fim.
Toda noite é cedo. Agora, tudo é certo; antes era porvir.

(24-08-2005)

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