(FÁBIO ALLEX)
Não ‘tou nem aí, não ‘tou nem aí, não ‘tou nem aí p’ro que falam, não ‘tou nem aí.
Sigo o certo e o errado, vou por mim. Se há escuros e lágrimas, vou sorrir.
Em escombros e tempestades, vou dormir. Só não aceito convites p’ra fugir.
Mas quem quiser vir comigo, já vou partir. Quando achar que estarei distante,
Estarei aqui. E quando achar que o perto é longe, é por que sumi.
Não vou queimar minha bandeira, tenho ataque p’ra defender, nem vou dizer de
Brincadeira que a briga é p’ra não morrer.
Não omito verdades e nem sei mentir. Se o sinal estiver fechado,
Espero abrir. Quem estiver perdido sem guia, sei por onde ir.
E quem quiser vir comigo, pode vir. Só quero traçar os caminhos p’ra seguir.
- "Mãos ao alto!" Não sou herói, mas tento resistir. Se o sangue insiste nas veias,
Vou persistir.
Sou o grito, sou reticências, sou a flor com espinhos.
Sou o vento, sou o que vem, sou o pombo no ninho.
Sou o exército, sou as cores, sou tão sozinho.
Sou as pedras, sou o coração, sou o copo do vinho.
(08-10-1999)
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