sábado, 31 de março de 2007

PSEUDOPIA

(LILIAN GOMES/FÁBIO ALLEX)

Acordo contigo no olhar, chego à janela e vejo-te refletida na vidraça.
Envolvo-me com a hortelã que vem do teu hálito contundente,
que perduram em meus lábios...
Calo os olhos e materializo você à minha frente pela milésima vez.
Antes de adormecer, sonho,
e nele transcendemos em algo que nos culminam visceralmente em nossos existenciais...
Continuo sem adormecer... Sonho!
Cruzo com meu pensamento, as barreiras das dores, da distância e do paralelo de nossas essências, para apenas vislumbrar e tocar teu rosto...
Irrelevo o ato de estar, mas me permito ser, apenas ser no momento de encontrar-te.
Faço do ato de fracassar, uma força a mais para que na estrada que sigo, sem nada ter e sem saber aonde chegar, ver os nossos anseios adentrarem na suavidade permanente de existir.

(15-01-2006)

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