(FÁBIO ALLEX)
Aonde vais, eu já cheguei. O que planejas, eu já produzi.
O que tentas; eu, um milhão de vezes. O que derrubas, eu levanto.
Houve um descaso.
De um lado, o laço corrompeu.
O último beijo, ninguém deu.
O que sonhas, eu já despertei. O que silencias, ouço aqui.
O que prometes; eu, talvez. O que comes, sou eu que planto.
Sobram vestes.
Nelas, o nosso perfume ficou.
E nada apaga essa troca de olhar.
O que contas, eu que profetizei. O que distancias; eu, na mesma casa.
O que tu nunca, eu p’ra sempre. Onde secas, levo meu pranto.
O mergulho é longo.
No fundo: mãos a se encontrar.
A luz que finda vem nos abraçar.
...Tu tens a música p’ra minha poesia.
(04-11-2005)
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