(FÁBIO ALLEX)
Fizeste o quê comigo, hein?! Pois levei a maior tombeira!
Já sei! Deste-me uma rasteira! Lutas o quê?... Ou atiraste em mim?
Eita, que mira certeira!... Nada disso? Vai vê, tu és uma feiticeira.
Mas, cuidado com o meu coração, ele não é de madeira.
Tu deves ‘tá achando tudo isso uma asneira, né?
Só que eu ‘tou falando sério, não é brincadeira. Antes, eu tava meio assim: de bobeira.
Fiquei muito tempo na fileira, esperando alguém que me despertasse uma paixão verdadeira.
Só surgia pagodeira, forrozeira, axezeira. E quem me aparece?
Tu, minha Formosura! A minha Musa, minha Companheira, minha Parceira!
A única e a primeira! Quiçá, a derradeira...
Nossa! Eu devo ‘tá te dando uma canseira!
Saibas que o meu sentimento por ti, não cansa; queima! Queira-o! Aquece mais que a fogueira.
E os teus beijinhos!... Caramba! Maravilhosos!
Se eu pudesse, colocá-los-ia em uma prateleira, em uma cantoneira.
Tiraria de lá, a minha biscoiteira.
Melhor do que isso seria te encontrar, ao ir tomar banho, em minha saboneteira.
- "Ê, rapaz, besteira!".
É sério, não é brincadeira.
Realmente estou de quatro por ti. Duvidas?
Então, podes chamar a casamenteira!
Vou falar da minha paixão na imprensa, outdoors, vou contar p’ra novidadeira.
Não tenho nada a esconder, o que sinto é muito bonito.
Podem vir, bisbilhoteiras!
Faço tudo o que preciso for, meu Anjo.
Pinto-me de palhaço, rolo no chão, planto bananeira, pulo a ribanceira,
vou em carro sem freios em qualquer ladeira.
Olha, sobre o carro é brincadeira...
Quanto aos obstáculos que poderemos enfrentar, não importam as pedreiras. É da vida.
Vou levar a minha britadeira.
E sempre serei teu vigia, dar-te-ei proteção, farei tua escolta.
Sejas a minha patrulheira!
É isso. Estou morrendo de saudade. Vê se não me dar um chá de cadeira!
Vou ficar por aqui, está acabando a minha tinta, secando a tinteira.
Pôxa, substância fuleira!
Só o que sinto por ti não acaba, é infinito, dura a vida inteira.
(29-03-2007)
Nenhum comentário:
Postar um comentário