(FÁBIO ALLEX/POKÉMON)
Sou o encarte do cd que não tocou; sou o restante do nada que sobrou;
Sou o fim que ainda quer continuar; sou o infinito.
Tu és a verdade que o poeta inventou; tu és o pensamento que nunca se pensou;
Tu és o arco sem flechas p’ra atirar; tu és o alvo.
Investidas de uma só vez. O cinema em cima do muro.
O vento é puro, sou redemoinho. Só vejo a ti, daqui onde estou.
Pediste p’ra eu ficar, mas eu já vou.
Somos partes de um dia que passou; somos frutos que a árvore não brotou;
Somos aves, apenas com uma asa p’ra voar.
Somos bando-sozinhos.
Investidas de uma só vez. O cinema em cima do muro.
O vento é puro, sou redemoinho. Só vejo a ti, daqui onde estou.
Pediste p’ra eu ficar, mas eu já vou.
Levando versos malditos, bebendo sonhos famintos.
(27-08-2004)
Nenhum comentário:
Postar um comentário